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Quatro advertências quanto ao bom uso da faculdade da fala. Tg 3

(1) As nossas palavras podem ser usadas tanto para o bem quanto para o mal (pv 18:21), funcionando como sementes daquilo que um dia e vamos colher. Pv 21:13; i pe 3:10

(2) por isso, somos advertidos a usá-las para o bem. Ef 4:29


Primeira: o tropeço no falar

É mais grave do que imaginamos.


2porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo.

(1) tropeçamos no falar quando usamos nossa boca para murmurar, criticar, difamar, julgar, mentir, enganar, vangloriar, blasfemar, falar mal do outro, xingar, amaldiçoar, auto-depreciar...

(2) mas, também há sutilezas nesses tropeços, por exemplo, quando nosso falar revela hipocrisia, ironia, incoerência (sim e não), dubiedade, torpeza, insensatez, injustiça.....


Segunda: o tropeço no falar revela imaturidade.

2porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão (maduro), capaz de refrear também todo o corpo.

(1) de certa maneira, somos o que falamos. É por isso que numa terapia a pessoa se descobre falando, porque revela seu mundo interior e até seu inconsciente.

(2) o texto afirma quem consegue refrear a língua, consegue refrear o corpo. O corpo aqui é uma metáfora que indica a personalidade total.

(3) por de trás e antes das palavras estão a mente, os sentimentos, a vontade, o espírito. Logo o controle da língua é uma evidência de autocontrole. Tg 1:26

(3) na medida em que vamos adquirindo maturidade emocional e espiritual, também vamos ficando mais comedidos no falar.

Tg 1:19; pv 10:19


Terceira: esse tropeço no falar traz conseqüências negativas para sua vida (emocional, espiritual, e relacional).

1. O princípio que as figuras encerram é que: algo para o qual não damos muita importância, acaba sendo um fator determinante em nossa vida, para o bem ou para o mal.

(1) o pequeno cabresto dirige o cavalo e impede que ele desembeste. 3ora, se pomos freio na boca dos cavalos, para nos obedecerem, também lhes dirigimos o corpo inteiro.

(2) o pequeno leme dá direção ao navio evitando que ele naufrague ou fique à deriva.

4observai, igualmente, os navios que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo leme são dirigidos para onde queira o impulso do timoneiro.

(3) uma pequena fagulha pode incendiar uma floresta. V5

5assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva!

É fácil controlar uma fagulha, mas ela tem em si um poder de destruição que pode fugir ao controle. Assim é aquele que não exerce controle sobre sua língua.

2. Se sua fala (pequena língua), for ingerida pela carne (velha natureza) e/ou por satanás, ela pode contaminar todo o seu ser e sua existência.

6ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno. Tg 3

(1) o que falamos afeta o que somos (contamina o corpo), nossa mente, nossos sentimentos, nosso caráter, nosso espírito. Mt 15:11

(2) e o que falamos também afeta nossa existência (carreira da existência)

Exemplos:

(3) palavras auto-depreciativas alimentam uma auto-imagem ruim.

Palavras críticas, por parte dos pais, afetam a auto-estima dos filhos.

(4) a maledicência entre irmãos enfraquece e desarticula o corpo de cristo e a família. Tg 4:11-12

Uma pequena fofoca pode desestabilizar uma família, produzir divisão numa comunidade.

(5) a fofoca tem poder de separar bons amigos. Pv 17:9

Uma calúnia pode estigmatizar uma pessoa vida afora.

Maus conselhos desencaminham pessoas.

(6) as palavras que revelam pessimismo, ingratidão, murmuração, esvaziam a fé e trazem opressão espiritual.

(7) palavras mentirosas, dúbias, e hipócritas, topes, comprometem a credibilidade e a autoridade espiritual.

(8) a nossa fala pode inclusive assumir uma natureza infernal (é posta em chamas pelo inferno). Isto porque toda fala que não tem compromisso com a verdade, com a edificação, com o espírito do evangelho, além de ser uma manifestação carnal, também é algo ingerido pelo maligno.

Gl 5:22; mt 5:37; mt 16:22-23


Quarta: você está potencializado em Deus para exercer auto-controle sobre o uso dessa faculdade.

1. O texto afirma que essa é uma tarefa sobre humana.

O ser humano doma os animais, mas é incapaz de, por si mesmo, domar sua natureza pecaminosa. Por isso você precisa da ajuda de deus.

7pois toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano; 8a língua, porém, nenhum dos

Homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero.

2. Se no novo nascimento (conversão), você recebeu a natureza divina, foi habitado pelo espírito santo, e não é mais devedor à carne, o uso da língua precisa ser de acordo com sua nova natureza.

9com ela, bendizemos ao senhor e pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de deus. 10de uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim. 11acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? 12acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce.

(1) assim como no mundo natural você não encontra

Essa contradição, essa incoerência. De acordo com a natureza que herdamos de deus nossa língua deveria ser usada somente orar, adorar, ensinar, edificar, pregar, encorajar, pacificar, consolar, bendizer, abençoar, aconselhar, profetizar...em fim, para o bem.


Conclusão

(1) tanto o bom uso dessa faculdade pode melhorar seu “ser”, quanto a melhora do seu “ser” pode te ajudar a fazer um bom uso dessa faculdade. Trata-se de um ciclo retro-alimentar (tg 3:6, lc 6:43-45)

(2) por isso você precisa cuidar tanto do que fala quanto do seu coração (vida interior). E como se enche o coração de coisas boas? Abrindo-o para deus, para o espírito santo, e para a palavra de deus.

(3) porque quando estamos cheios do espírito o assunto de nossa conversa muda (ef 5:18-20). E sob o domínio do espírito falamos para edificar porque manifestamos o seu fruto. Gl 5:23

(4) que seja essa nossa oração (sl 141:63; sl 19:14) e como resposta a essa oração tenhamos essa experiência de restauração (is 6:5-8).

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