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O que Jesus espera de seus discípulos?

Queridos, Jesus não tem outra categoria de seguidores a não ser discípulos. É interessante observar o verbo “viu” que aparecem nos versos 18 e 21. O que será que Jesus “viu” nesses homens, se aparentemente não eram tão adequados para seguirem um rabino, um mestre?


1. Jesus espera que seus discípulos sejam pessoas dispostas ao trabalho.


18E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; 21E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João seu irmão, num barco com seu pai Zebedeu, consertando as redes; e chamou-os; 22Eles deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.

Jesus viu que esses jovens eram pessoas dispostas ao trabalho. Uns estavam lançando rede ao mar, outros consertando as redes depois de um longo tempo de pescaria. V18,21. Não é em todo mundo que Deus encontra corações diligentes, dispostos ao trabalho, gente capaz de assumir responsabilidades. É por isso que frequentemente no corpo de Cristo encontramos produtores e consumidores, participantes e expectadores, e o grande desafio que fica, é o de transformar um auditório em discípulos de Jesus.

Que Jesus encontre em cada um de nós mãos dispostas ao trabalho. A dar de si. A se deixar usar por Deus. A servir no corpo e no mundo. A se deixar gastar com a vida no altar de Deus como um sacrifício vivo, santo e agradável a ele.


2. Jesus espera que seus discípulos sejam pessoas que anelem por Deus, e por sua obra.


Jesus viu que esses jovens ambicionavam pelo reino de Deus e a convivência com o messias, tinham um sincero anelo por Deus e pelo estabelecimento do seu reino. Quando Jesus cruzou o caminho deles eles foram encontrar com seus irmãos e disseram: Achamos o Messias referido na lei e nos profetas (Jo 1:41,45). Essa expressão revela que eles anelavam pelas coisas de Deus.

Queridos o quanto dessa fome, dessa ambição espiritual, desse anelo pelas coisas de Deus há em nós? De tempo em tempo temos que rever essa fome espiritual em nossa vida, e percebendo uma inapetência espiritual, precisamos, como Jesus aconselhou em apocalipse à igreja de Éfeso, verificar quando é que começou esse esfriamento, esse afastamento, essa apatia, e nos arrepender e pedir que Deus nos ajude a voltar à prática das primeiras obras, no tempo do primeiro amor.

Que Jesus encontre em nós corações que anelam por ele, e por sua obra. Que toda apatia, toda indiferença, toda frieza espiritual seja quebrada em nosso meio. E que o Espírito Santo produza em nós fome e sede das coisas de Deus.


3. Jesus espera que seus discípulos sejam pessoas disponíveis para ele.


19E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. 20Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no. 21E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João seu irmão, num barco com seu pai Zebedeu, consertando as redes; e chamou-os; 22Eles deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.

Jesus viu nesses primeiros discípulos que eram desinstalados, e que estavam dispostos a ajustar a dinâmica da vida, deixando espaço para o cumprimento da missão na terra, que estava para além da pescaria de peixes. Eles estavam buscando transcendência, e se sentiam seguros aceitando o desafio de Jesus. Queridos aquilo que a gente faz para ganhar o pão de cada dia, também não esgota todo nosso potencial, e nem sempre nos confere um grande senso de realização, até porque nem todos conseguem trabalhar naquilo que gostariam de trabalhar, e sabem que têm potencial para mais. Neste sentido, como vimos, o sentido da vida transcende o que a gente faz para trazer o pão de cada dia para casa. Então, vem Jesus e oferece a possiblidade de

pescarmos em mares mais extensos, peixes com maior significado.

Que Jesus encontre em nós pessoas disponíveis para ele, e capazes de aceitar os desafios. Que saiamos daquela posição de expectadores, de auditório, de consumidores apenas, para a de participantes, de produtores, e discípulos. Deus tem um desafio para cada um de nós. Deus tem um chamado específico para cada um de nós. Que o Espírito Santo encontre ressonância no seu coração. E que em resposta você possa dizer: Senhor eis-me-aqui, sei que posso dar mais, me deixar usar mais, servir mais, participar mais.


4. Jesus espera que seus discípulos sejam pessoas dispostas a aceitarem o seu senhorio.


19E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. 20Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no. 21E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João seu irmão, num barco com seu pai Zebedeu, consertando as redes; e chamou-os; 22Eles deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.

Quando Jesus chamou os irmãos Pedro e André, eles estavam lançando rede no mar da Galiléia (V18). O verso 19 diz que eles deixando logo as redes, o seguiram. Depois chamou os irmãos Tiago e João, que estavam consertando as redes, e o verso 22 diz que eles imediatamente deixaram o barco, o pai e os empregados e o seguiram.

O Senhorio de Jesus precisa ter profundas implicações em nossa vida. Quando o senhorio de Cristo vem à nossa vida há demandas: nos bens, abre-se mão de parte da carga horária de “pescaria” para se envolver na obra de Deus. Disponibiliza-se tempo, recursos, talentos, habilidades, para se investir de forma mais focada no reino de Deus.

Que Jesus encontre em nós corações abertos e dispostos a aceitarem seu Senhorio. Que nessa manhã ao participar da ceia do Senhor você possa dizer: Jesus é o Senhor da minha vida. E que isso tenha implicações nas suas escolhas, nas suas decisões, na utilização do seu tempo, dos seus recursos, dos seus talentos, habilidades e dons.

5. Jesus espera que seus discípulos sejam pessoas dispostas a se deixarem transformar por ele. Jesus não chamou qualificados, mas qualificou os chamados.


19E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.

É interessante observar a expressão do verso 19: vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens (V19), nos dando a ideia de que eles seriam trabalhados artesanalmente por Jesus, e que o ensino seria muito mais por convivência do que por preceito. Eles se tornariam semelhantes a Jesus pela convivência. Eles estariam com Jesus e com ele aprenderiam a orar, a curar, a expulsar demônios, a evangelizar, a obedecer, a agir com graça e misericórdia, etc. E aqui queridos, não há mais lugar para sentimentos de inferioridade, de inadequação, de incapacidade. Por que na verdade nos oferecemos canais, instrumentos, vasos pelos quais passa a excelência do poder de Deus, como galhos ligados a videira, para dela receber de Jesus a seiva apesar da nossa finitude, pequenez e fragilidade. Você olha ao lado, na comunidade e no mundo, contempla as necessidades, e diz: Senhor aqui estão os talentos, as habilidades, os dons, a personalidade que o Senhor me concedeu, bem como as experiências que amealhei na vida, eis-me-aqui, o que o Senhor quiser fazer nessa comunidade e no mundo, na parte que me cabe, quero que passes por mim. Para tanto, eu aceito o trabalho artesanal que o Senhor quer fazer em minha vida, preparando-me para ser usado por ti com grande poder.


Que Jesus encontre em nós corações maleáveis, como barros nas mãos do oleiro, que se deixam transformar a semelhança dele, por convivência com ele, para poderem fazer mais por ele. Que nenhum sentimento de inferioridade, inadequação e incapacidade, seja impedimento a que aceitemos o convite: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Que possamos aceitar os desafios, e deixar os resultados por conta dele, na certeza de que ele nos respaldará.

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