Quem pastoreia sua vida? - Mt 7
1. Precisamos ser cautelosos com relação às nossas fontes de ensino e ministração.
15Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.
Não podemos receber tudo o que nos chega como ensino sem critério, a Bíblia diz que os Bereanos eram mais nobres do que os de Tessalônica porque conferiam com as escrituras se o que Paulo pregava procedia da Palavra (Atos 17?11). Somos livres em Deus para examinar com cautela a vida e o ensino daqueles que podem exercer um poder de influência sobre nós. Precisamos conhecer a vida das pessoas das quais recebemos ensino e ministração. Porque? Porque os falsos mestres são dissimulados, hipócritas, e vêm a nós com o espírito de engano.
Aparentemente eles parecem ovelhas, parecem piedosos, parecem sinceros, mas na verdade há um lobo dominando sua natureza. A motivação deles é errada, eles estão mais interessados em manipular, controlar você e o que você possui, do que no seu bem-estar, no seu crescimento espiritual.
2. E como você pode discerni-los?
16Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos
A dica de Jesus é a seguinte: Eles têm uma natureza perversa, que será revelada no caráter e no dia a dia, na convivência familiar, nos relacionamentos. Por isso, vale perguntar: Qual o testemunho da família, da comunidade de origem, das pessoas que com ela convivem, a respeito do caráter dessa pessoa? Isto porque os falsos profetas sempre deixam um rastro pelos lugares por onde passa, por isso é sábio investigar a trajetória deles. O fruto a que se refere Jesus tem a ver com o caráter.
Então você não pode se deixar levar pelo discurso, porque ele diz: Senhor, Senhor, mas não faz a vontade de Deus.
21Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de Deus.
Não basta ter o discurso certo é preciso ter a vida certa. Você também não pode se deixar levar pelas manifestações carismáticas, porque apesar delas eles praticam a iniquidade.
22Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? E, em teu nome não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? 23E, então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartaivos de mim, vós que praticais a iniquidade.
Em síntese antes de receber o ensino e a ministração, precisamos conhecer a vida da pessoa. Se ela faz a vontade de Deus, e se ela vive uma vida afastada da iniquidade. Mesmo porque esses sinais podem ser uma operação do erro, feitos em nome de Jesus para ganhar credibilidade.
3. É assim que acontece sempre, o fruto será de acordo com a natureza da árvore, por isso esse é o critério mais importante para discernimos o falso do verdadeiro.
16Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos. 17Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. 18Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. 19Toda
árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. 20Portanto, pelos seus frutos os conhecereis
Considerando o aspecto espiritual, o que seria então uma árvore boa e uma árvore má? O apóstolo Paulo ao escrever aos Gálatas traça um perfil muito próprio dos frutos que uma árvore má pode manifestar: a imoralidade, muitas coisas ocupando o lugar de Deus na vida numa perspectiva idolátrica, divisões, falsos ensinos, inveja, falta de domínio próprio. Os irmãos percebem como tudo isso tem a ver com a inclinação para o mau, por isso Jesus chamou de maus frutos, o que Paulo chamou de obras da carne. E o que dizer da árvore boa? Árvore boa é o ser regenerado por Deus. Lavado no sangue do cordeiro. Habitado pelo Espírito Santo. Por isso tem um novo princípio ativo agindo dentro dele que o faz desejar e experimentar a vontade de Deus, e abominar a iniquidade. Por isso, ele manifesta outros frutos, não da carne, mas do Espírito. Em vez de promover dissensões, divisões, partidarismos em razão do ódio, da inveja, do egoísmo que domina o coração, ele manifesta o amor, a alegria, a paz. Em vez de se entregar aos instintos carnais ele revela autocontrole, domínio próprio. Em vez de um espírito beligerante, vingativo, irado ele demonstra longoânimo. Há bondade na sua forma de agir. Sua fé é seguida de obras. Ele coloca a causa do Reino acima dos seus interesses pessoais. (Gl 5:22).
Conclusão:
Especialmente nesse tempo onde muitas informações nos chegam de todos os lugares através de muitas pessoas, sejamos mais cautelosos, mais criteriosos com relação as fontes de ensino e ministrações que nos chegam.
Sejamos maduros para entender que os critérios que podem nos ajudar a discernir os falsos dos verdadeiros, passa muito mais pelo caráter do que pelas manifestações carismáticas, pela essência do que pela aparência, pela vida do que pelo discurso.
Vamos nos expor ao ensino e ministração daquelas pessoas cujas vidas conhecemos, com as quais já comemos um prato de sal. Que carregam no ser o conteúdo do evangelho que pregam. Que manifestam em suas vidas o fruto do Espírito que dá conta de que sua natureza foi regenerada, que não são perfeitos, mas amam a Deus, temem a Deus, e anelam pela vontade de Deus, por isso não vivem deliberadamente praticando a iniquidade.
Vamos nos expor ao ensino e ministração daqueles que contam com o testemunho da família, da comunidade, e do contexto em que vivem. Quando a árvore é boa, seu fruto será sempre bom, e onde estiver plantada seus frutos abençoarão.