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Orando com expectativas no coração - Mt 7

1. Qual o significado de pedir, buscar e bater?

Com essa expressão Jesus quer significar que devemos procurar a Deus com insistência e fervor, e expectativas no coração (V7). Esses verbos indicam no original uma ação contínua e uma intensificação de esforços. Por exemplo, peça e continue a pedir, busque e continue a buscar, bata e continue a bater. Buscar exige um esforço maior que pedir, e bater um esforço maior que buscar. O pedir sinaliza nossa dependência e confiança em Deus. O buscar revela nossa sede de Deus. O bater expressa nossa determinação, até onde estamos dispostos a ir e persistir.


2. O que Jesus pretendeu com essa Palavra?

Como Jesus usou verbos de ação, podemos concluir que Jesus quis combater a falta de iniciativa, a apatia, a falta de perseverança, que podem nos tornar resignados diante da vida, e da vida espiritual. Quantos não ficam paralisados na vida esperando que as coisas aconteçam, que suas necessidades sejam supridas sem deixarem claro suas reais necessidades em oração. Quantos se revelam apáticos e desanimados ao ponto de não empreenderem nenhuma busca do que de bom Deus tem para lhes oferecer. Quantos se mostram resignados e prostrados aceitando os limites, as dificuldades, os obstáculos, como condição definitiva na vida, podendo pedir, buscar e bater.


3. Precisamos lançar mão do expediente da oração: pedindo, buscando e batendo por pelo menos 4 razões.

3.1 Por causa da nossa finitude diante da vida. Não temos em nós, a capacidade total para fazermos frente às exigências da vida. Muitas coisas se nos tornam impossíveis, humanamente falando, mas a bíblia afirma que tudo se torna possível ao que crê.

3.2 Para não desenvolvermos uma ansiedade crônica, como já meditamos com os irmãos. A ansiedade nos visita, sempre em razão de um futuro que não conhecemos e de variáveis que nos fogem ao controle, mas Paulo diz que se orarmos a respeito dessas coisas, a paz de Deus, que excede todo entendimento pode guardar nossa mente e nosso coração em Cristo Jesus.

3.3 Porque nem sempre temos a sabedoria necessária para resolvermos impasses em nossa vida. Como educar filhos, tomar decisões difíceis, fazer as melhores escolhas, buscar solução para problemas insolúveis humanamente falando. Tg 1:17

3.4 Porque não temos em nós mesmos competência para fazermos frente às exigências do ministério pessoal.

Até para sermos canais, vasos, instrumentos nas mãos de Deus para o exercício do nosso ministério pessoal, precisamos lançar mão do expediente da oração. Porque via de regra o desafio que chega a nós é sempre maior que nossa capacidade pessoal de dar conta.

Todo ministério tem demandas sobrenaturais, aqueles que são ministrados por nós comparecem com causas humanamente impossíveis. E nós precisamos de uma unção especial, de uma graça especial, de uma sabedoria especial para sermos instrumentos de Deus na vida dessas pessoas. Seja para evangelizar, para discipular, libertar, para curar.


4. Quais seriam os fatores que constituem impedimentos a que se peça, busque e bata.


4.1 O orgulho, a autossuficiência, de quem acha que pode se bancar, sem as intervenções de Deus na vida. É fato de que, em alguns momentos o que está em nosso coração é a gratidão, são tantas as bênçãos de Deus cumuladas sobre nós, que ficamos constrangidos em pedir mais alguma coisa, mas há alguns momentos em nossa vida que de fato o que estamos precisando é de pedir, buscar e bater.

4.2 A incredulidade. A pessoa deixa de orar porque no íntimo não vê muito sentido nisso, por descrer do resultado da oração. Por isso, também deixa de ter experiências com Deus, em razão de orações respondidas, o que a faz enfraquecer na fé, e por não crer não ora.

4.3 A ansiedade muito própria de quem vive num tempo marcado pelo imediatismo e pela instantaneidade. Queremos tudo para ontem. E parece que já há com frequência nas pessoas, aquele espírito que norteava a vida de oração do Salmista “Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor” (Sl 40:1).

E de fato num certo sentido é mais fácil sair tentando resolver do que dedicar um tempo à oração antes de começar a tomar as providências.

4.4 O medo de que a vontade de Deus possa conspirar contra quem ora. Você já teve medo de pedir algo a Deus? Porque a pessoa tem medo de perguntar coisas a Deus em oração? Porque ela acha que sabe o que é melhor para ela, e muita vez na sua vontade obstinada, pode achar que a vontade de Deus vai conspirar contra ela.

4.5A preguiça e a fraqueza espiritual. De quem tem disposição para tanta coisa na vida, mas quando se trata de expedientes de Deus para o crescimento espiritual, a preguiça a impede de lançar mão deles. E, as vezes a vida espiritual está tão debilitada que a pessoa fica debaixo de grande opressão. Parece que uma potestade de incredulidade desce sobre ela. E ela perde a força e o ânimo para orar, e vai se rendendo às forças espirituais do mal, que conspiram contra a vida de oração.

4.6 A auto vitimização da pessoa que as vezes está debaixo de tantas frustrações, que o coração vai ficando ressentido, guardando mágoas veladas contra Deus, por isso não quer mais falar com ele. Assim auto vitimizada e comida de autocomiseração, a pessoa vai se sentindo a mais coitadinha do mundo, e se nega a falar com Deus.


5. Jesus segue ensinando que podemos comparecer diante de Deus com expectativas no coração.


5.1 Jesus estabelece um comparativo entre o pai terreno e o Pai celestial (V9,10)

E aqui Jesus fornece esse encorajamento a vida de oração, por causa da objeção daqueles que supõem que Deus não responde as orações ou que ainda que responda não nos dá aquilo que lhe pedimos.


5.2 Nesse comparativo, deixa claro que o pai celestial é incomparavelmente melhor que qualquer pai terreno (V11)

11Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?

Jesus está afirmando que mesmo tendo sua natureza caída, e inclinada para o mal, um pai em condições normais, quer o bem do seu filho, quer suprir suas necessidades, quer dar boas coisas a ele, quer se deixar achar por ele sempre que ele precisar, quer abrir portas para ele facilitando sua vida.

Quanto mais Deus, de quem herdamos a natureza, de quem procede todo dom perfeito, toda boa dádiva, dará bens aos que lhe pedirem e o buscarem, e ampliará os horizontes de possibilidades para aqueles que batem em sua porta, especialmente aos que caminham na vida fazendo sua vontade, e respondendo aos seus propósitos.


Conclusão.

O que Jesus está dizendo é: não negligencie o expediente da oração, como forma de viabilizar a vida, pedindo, batendo e buscando. Quando você dá passos em direção a Deus, Deus dá passos em direção a você, respondendo suas orações suprindo suas necessidades, dando livramentos, desarticulando toda articulação do mal contra você, concedendo sabedoria e direção para suas escolhas e decisões, capacitando você para o exercício do seu ministério, alcançando aquele que foi alvo da sua intercessão fervorosa. 8Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Tg 4

O que poderíamos ter feito e onde poderíamos ter ido, como estaria nosso casamento, como teriam sido nossas decisões e escolhas, como estaria nossa vida profissional, como teria sido nosso ministério pessoal, se tivéssemos orado mais?

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